Geral
Jornalista Anna Karoline Anasenko, analisa carta de repúdio do PL.
No cenário político atual, ignorar a necessidade de conversar com outros partidos é viver em uma bolha de autoengano.

Em um momento em que o Brasil clama por maturidade política, diálogo e construção de soluções concretas, é preocupante observar iniciativas que caminham na contramão desse espírito. A Nota de Repúdio emitida pelo diretório goiano do PL não é apenas desprovida de argumentos consistentes é uma tentativa de transformar um gesto legítimo de diálogo institucional em um ato de traição ideológica.
Ao atacar de forma infundada o vereador mais votado de Goiânia, Major Vítor Hugo, que obteve expressivos 15.678 votos, o documento abandona a seriedade política para assumir um tom repleto de insinuações desconectadas da realidade. A construção política, sobretudo em um ambiente democrático, exige diálogo, inclusive com quem pensa diferente. A direita sozinha não governa, não legisla e não transforma o país. Nenhuma força política, por mais relevante que seja, caminha sozinha.
A história recente está repleta de exemplos: Jair Bolsonaro e Daniel Vilela, por exemplo, foram colegas no Parlamento, demonstrando que pontes institucionais sempre existiram e são fundamentais para avanços concretos. Ao sugerir que um parlamentar sequer “poderia” participar de uma reunião, a nota abandona o campo das ideias para entrar no terreno da censura política. Esse tipo de postura revela mais sobre o autor do que sobre o alvo: trata-se de um gesto que tenta sufocar o debate por medo da divergência.
A democracia não se constrói com exclusões, mas com escuta, com articulação, com responsabilidade. O papel de um líder não é alimentar trincheiras, mas construir pontes, mesmo quando isso exige coragem e desprendimento. Transformar o diálogo em vilania é inverter os valores democráticos. O que se evidencia é uma fragilidade política.
Ao invés de fortalecer um projeto de direita consistente, coeso e preparado para o futuro, iniciativas como essa aprofundam divisões internas e alimentam disputas que só servem aos adversários. A política que rejeita o diálogo não é firme, é frágil. E a liderança que teme a conversa não lidera, apenas comanda, por medo.
A redação do GONEWS não obteve resposta das as ligações para possível manifestação da sigla sobre a análise da jornalista, lembrando que o espaço está cedido de forma igual para quaisquer esclarecimentos do partido politico (PL-GO). (Da redação GON/Jornalista: Anna Karoline Anasenko)


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