Fake News sobre uma suposta taxação do Pix faz cair transações

No início de janeiro, as transações via Pix caíram drasticamente, com uma redução de 10,9% entre os dias 4 e 10 de janeiro em relação a dezembro de 2024, totalizando 1,250 bilhão de operações. Essa foi a maior queda desde o lançamento do Pix em 2020. A disseminação de notícias falsas sobre uma possível taxação do Pix e o aumento da fiscalização pela Receita Federal foram os principais motivos para a desconfiança dos usuários. Diante do impacto das fake news, o governo federal revogou a Instrução Normativa RFB nº 2.219/24, que ampliava o monitoramento de transações financeiras, incluindo o Pix. Além disso, foi editada uma Medida Provisória (MP) para reforçar a gratuidade do Pix e garantir o sigilo bancário, visando restabelecer a confiança dos usuários.

Após a revogação da norma, o volume de transações começou a se recuperar. Entre os dias 16 e 27 de janeiro, foram registradas 1,923 bilhões de transações, um aumento de 0,24% em relação ao mesmo período de novembro de 2024. Apesar de ainda estar 13,1% abaixo do volume de dezembro, a retomada indica um retorno ao padrão histórico, considerando que dezembro é tradicionalmente um mês de pico devido ao pagamento do 13º salário e às compras de fim de ano. As fake news causaram um impacto significativo, com quedas de até 16% em algumas semanas de janeiro em relação a dezembro.

O governo reagiu com campanhas de esclarecimento e investigações contra os responsáveis pela disseminação de informações falsas, incluindo a abertura de um inquérito pela Polícia Federal. A retomada das transações do Pix na segunda metade de janeiro demonstra a resiliência do sistema, mas também reforça a necessidade de medidas contínuas para combater a desinformação e manter a confiança dos usuários. (Da redação GON)

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