Política
Recursos da loteria municipal poderão financiar inclusão as pessoas neurodivergentes.
A proposta foi apresentada pelo vereador Fabrício Rosa (PT), destina parte da arrecadação para políticas públicas nas áreas de cultura, de esporte, de habitação e para ações de inclusão de pessoas atípicas.

O termo neurodivergente refere-se a pessoas cujos cérebros funcionam de maneira que se desvia do que é considerado “neurotípico”, ou seja, o padrão predominante de funcionamento cognitivo e comportamental. Esse conceito celebra a diversidade das formas de pensar, aprender e interagir com o mundo, reconhecendo que as diferenças neurológicas não são deficiências, mas variações naturais da experiência humana. Pensando nas condições dessas pessoas, o vereador Fabrício Rosa (PT), apresentou, em Plenário, na última quarta-feira (13/11) um projeto que faz a destinação de 5% da loteria municipal para políticas públicas de inclusão de pessoas atípicas e/ou neurodivergentes, na proposta o mesmo percentual vai para as áreas de cultura, esporte e habitação.
Fabrício Rosa espera que a proposta de lei seja aprovada, e que Goiânia possa transformar os recursos da loteria municipal em ferramenta de inclusão e de desenvolvimento. “Ao investir em cultura, em inclusão de pessoas neurodivergentes, em esporte e em habitação, estamos promovendo uma cidade mais justa, inclusiva e preparada para o futuro”, justifica o parlamentar.
O Que é Neurodivergência?
A neurodivergência inclui uma ampla gama de condições e traços neurológicos que influenciam o comportamento, a percepção e a interação social. Alguns exemplos incluem:
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
- Dislexia
- Dispraxia
- Altas habilidades/superdotação
- Síndrome de Tourette
- Transtornos de aprendizado e outros perfis neurológicos únicos
Essas condições podem afetar aspectos como comunicação, memória, processamento sensorial, foco, habilidades motoras e resolução de problemas.
Características Comuns
Embora cada pessoa neurodivergente seja única, algumas características frequentemente associadas à neurodivergência incluem:
- Percepção sensorial diferenciada: Maior ou menor sensibilidade a sons, luzes, texturas ou cheiros.
- Padrões de pensamento incomuns: Forma criativa ou analítica de abordar problemas.
- Hiperfoco ou interesse intenso: Capacidade de se concentrar profundamente em temas de interesse.
- Desafios na interação social: Dificuldades em interpretar normas sociais ou expressar emoções de maneira convencional.
A Importância da Inclusão e do Respeito
Historicamente, pessoas neurodivergentes enfrentaram discriminação e estigmatização devido à falta de compreensão sobre suas diferenças. No entanto, o conceito de neurodiversidade promove a ideia de que essas variações devem ser aceitas, celebradas e apoiadas.
A inclusão começa com:
- Educação: Aumentar o conhecimento sobre neurodivergência em escolas, locais de trabalho e comunidades.
- Adaptações: Criar ambientes que respeitem diferentes formas de aprendizado e interação, como salas sensoriais ou horários flexíveis.
- Escuta e Empatia: Reconhecer e valorizar as necessidades e habilidades individuais.
Desafios e Pontos Fortes
Pessoas neurodivergentes frequentemente enfrentam barreiras no sistema educacional, no mercado de trabalho e na sociedade em geral. No entanto, elas também trazem perspectivas únicas, criatividade, inovação e habilidades valiosas que enriquecem os espaços que ocupam.
Como Apoiar Pessoas Neurodivergentes?
- Evite julgamentos: Respeite suas diferenças sem tentar “normalizá-las”.
- Adapte-se: Ofereça recursos ou acomodações que facilitem a vida e o trabalho.
- Valorize as habilidades: Foque nos pontos fortes e no potencial que elas oferecem.
- Promova o diálogo: Crie ambientes onde as pessoas possam expressar suas necessidades e experiências.
Celebrando a Neurodiversidade
Compreender e apoiar pessoas neurodivergentes é essencial para construir uma sociedade mais inclusiva, que valoriza a singularidade de cada indivíduo. A diversidade cognitiva não é apenas uma questão de aceitação, mas uma oportunidade de aprender, crescer e transformar o mundo em um lugar mais justo e acolhedor para todos. (Da redação GON/ Edição: Júlio César)


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